Te odeio

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Te odeio quando acordo e vejo que não está na cama. Te odeio quando ouço barulho na cozinha e sei que está fazendo o café, odeio mais ainda ter que disfarçar que estou dormindo pra que me acorde, odeio - não muito - seu beijo com gostinho de pasta closeup. Odeio quando me fala aquele "bom dia" repleto de amor, todo meloso e adocicado. Odeio tudo ao espelho, assim como essa carta escrita na madrugada insone e deixada aqui, na mesa da cozinha, saiba que ela é assim, ao espelho, e avessa ao real motivo do ódio. Agora releia trocando os odeio por adoro/amo e venha repetir o café na cama de todos os dias. Não demora, te amo.

2 comentários:

ઇ‍ઉ disse...

Não sei porque, mas esta carta me fez lembrar de algumas (nossas) conversas... não são só os "mais" que temos em comum, na verdade, acho que o que mais temos em comum, é essa porra de "ódio". Que parece erva daninha, só cresce, cresce e não finda. É tão mais fácil amar... amar é doce e sereno, ora e outra belisca o peito, já odiar é tão "mais" confuso. Dói, é latente, esse "odiar" que sentimos, é quase palpável... é tão ao inverso, é tão reflexo que faz meu coração ficar dormente. E ele dorme tão profundamente, como quelas princesas bobas de contos de fadas, que esperam pelo beijo, para que enfim, sejam acordadas.

Afffffffff... como falo ¬¬

FIM! :p

Jéssica disse...

coisa maravilhosa seria acordar com um bilhete assim. muito lindo, meu amigo!