"O que fizemos de nossas próprias vidas?"

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Ao amigo que entre tantos, eu escolheria para ser meu. Tal como escolhi em algum momento da vida, porque embora algo tenha nos unido sem que houvesse chance de escolha, quando seus olhos repletos de coragem encontraram o meu olhar medroso, pude ter certeza que melhor amigo entre os seres humanos eu jamais encontraria, você seria minha escolha caso eu pudesse fazê-la. Eu escolheria você com todo ar que existe em meus pulmões e até onde a memória me deixa ir, digo que sempre foi assim.
Quantas lembranças suas terei eternamente latejando dentro de meu coração, escrevo para você e sinto um nó na garganta se originar, caso eu dê a ele chance de se desfazer, as lágrimas irão avançar pelo meu rosto tentando encontrar calma. A calma que eu encontro e perco em questão de segundos... Existem coisas que não consigo controlar.
Hoje em dia eu duvido que você me conheça tão bem como conhecera no passado. Fato é que o tempo passa e nós não percebemos isso, acreditamos que as pessoas permanecem as mesmas, ou notamos a mudança, mas deixamos um abismo tão imenso nos distanciar que quando vemos, não somos mais as mesmas perto delas. Eu realmente duvido que eu seja a mesma em uma conversa rápida hoje em dia. Porque somos feitos de conversas rápidas. E de repente os gostos mudaram, as ideias se transformaram, sonhos morreram, sonhos nasceram, remédios foram adicionados à vida, talvez algum vício, alguma mania, medos se foram, medos chegaram... A saudade cresceu. E cresce todo dia, o problema é que a distância também.
Não se culpe por essa herança, existem coisas que todos nós não conseguimos controlar.
Talvez não seja nada disso.

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