Ao nosso amor sujo, à nossa atraente loucura

sábado, 9 de junho de 2012



Saudade de receber você no início da noite alterado pelo seu verde tão natural, dos olhos e da planta. Que te fazia mais fora de si do que era de costume; sentava-se ao meu lado na varanda ou em praia deserta e conversávamos com música. De melodia em melodia: nossa paixão. E se eu quiser, ouso chamar de amor.
Amava te amar com meu corpo. Sentir o seu sobre o meu, seu respirar. Seu cheiro de planta queimada, seu hálito no meu, nosso calor. E nós alternávamos entre uma conversa e outra, um beijo e outro, uma música e outra, e palavras incompreensíveis, assuntos que não faziam sentido algum. Mas nós entendíamos e era a vida que eu quis. Procurando vaga uma hora aqui outra ali no vai e vem dos seus quadris. Ultrapassávamos a madrugada e ouvíamos o galo cantar.
Noite e dia, lingerie de renda preta. Noite e dia, pele branca. Noite e dia, o reflexo da lua no meu corpo. O som do galo a cantar, o mundo inteiro acordando; nós, porém, indo dormir.
Todo dia é dia, meu bem, e tudo em nome do amor!




Pro  Dia Nascer Feliz, Cazuza: música inspiração.

1 comentários:

Lu disse...

AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH bem vinda de volta, sócia!

Muito bom te ler.. eu posso ver as cenas... me sinto tão imerso na forma que escreve que... hmmm... é boa a sensação!