sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

É estranho como algumas vezes deixei as minhas alegrias escorrerem pelos vãos dos meus dedos. É assim, tudo está bem, você está em segurança, forte, e resolve sair pra respirar ares diferentes. Resolve dar uma volta pra ver como as coisas ficam, fica desapercebido, porque se acha "grandinho o bastante" pra andar por si. Fica distraído. Então, testando os seus limites você se vê longe do seu ponto de paz... tentando ver até onde consegue ir sozinho que descobre: não consegue dar mais do que alguns passos sem cair, mas vai muito longe em direção a abismos. É o clichê de sempre. Distração, dor, explosão, angustia, culpa. Exatamente na sequência. Mas quando olhamos pra trás e vemos quão distantes estamos, bate aquela vontade desesperada de correr a estrada toda de volta, de recuperar os sorrisos que ficaram perdidos pelo caminho. De buscar por aquela paz que te faz acreditar que é capaz de flutuar. Dá vontade de pegar uma agulha e costurar tudo o que foi rasgado no teu interior, de limpar o sangue, de colar o que foi quebrado.
Difícil é perceber que não é tão fácil assim. Você vai voltar pelo caminho cheio de marcas, cansado e com sede. Vai chorar, e como vai! Mas devagar, chega lá. E quando consegue, aprende a não deixar as coisas escaparem de forma tão fácil. Dói, machuca, mas sara.

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