Estação

segunda-feira, 5 de março de 2012

Olá meu Amor.

Hoje voltei àquela nossa pedra na beira da estrada, lembra? O movimento continuava igual, o dia não estava tão quente, resolvi caminhar até lá ver se nossos nomes ainda estavam gravados na pedra. Estavam. Lembra-se de quando os talhamos ali? Ficamos horas para fazer nossos nomes ali e as letras ainda ficaram tortas!

Quando terminamos apostamos em quantos carros passariam, os meus eram os vermelhos e os seus eram os pratas, você sempre ganhava, muito injusto! Quando dei por mim estava ali vendo os carros já tinham algumas horas, me levantei, passei a mão suavemente pela pedra e as letras dos nossos nomes, suspirei e voltei para casa a tempo de ouvir o trem apitando ao longe. Desviei do caminho e segui até até a estação, lá pude ver o trem ir embora, mais uma vez, impossivel controlar a vazão de lágrimas que me tomou. Quem estava na plataforma de embarque certamente pensava que eu tinha alguem muito querido partindo naquele trem. Mal sabiam eles que quem me era querida já partirá a muito tempo, porém, o som do trem sempre reavivava aquela sensação ruim e me pego pensando em quando será teu regresso.

Ainda agora olhei para o calendário, faziam alguns meses já e eu ainda sentia falta. A mão me treme a pena agora sobre o papel, melhor parar de escrever. Espero que fique bem e que voltes o quanto antes.

Com amor, eu.

3 comentários:

Anônimo disse...

Lindo ...
Vc tem um jeito todo seu que é muito gostoso de ler.

Unknown disse...

Trouxe lembranças, tocou lá no fundo... É, Lu! Parabéns. E BEM VINDO!

Camila Fortunato disse...

parabéns pelo texto, Lu.
eu gostei da sonoridade dessa frase: "A mão me treme a pena agora sobre o papel"


algumas considerações: falta acento no "alguém" e no "impossível", o "até" tá repetido e a frase "já partirá a muito tempo" não seria: já partira há muito tempo? detalhes só. todo escritor tem um revisor (chato), rs.

beijo.