Querida Alice,

domingo, 27 de setembro de 2015

Antes de qualquer coisa, me desculpe se esse "querida" soar cliché ou irônico, é que eu não tenho a menor ideia de como começar uma carta. Eu queria que você soubesse que ando angustiada por não poder te ver. Faz falta o som da sua voz e o teu afago. A única coisa em que tenho pensado é em ver de perto o castanho dos teus olhos. Faz falta mexer no teu cabelo, bagunçar tudo e fugir rindo enquanto você corre atrás de mim. Alice, eu me sinto a continuação do livro que você não quis terminar de escrever. Você sabe que burlou as regras do destino e criou seu próprio mundo.
Toda manhã eu acordo, coloco um moletom e saio pra fumar. O primeiro cigarro do dia sempre é o melhor. Em seguida fico sentada, sozinha, pensando em nós. No tempo que perdemos e criando com uma expectativa ardente tudo o que vem pelo futuro. Eu não sei se devo te amar, entretanto creio que isso acontece antes que eu pense em evitar. Eu preciso te encontrar, Ali, eu preciso te levar pra conhecer essa cidade e o mundo todo. Eu preciso ter você por perto. Eu preciso de você, mais que qualquer coisa.
Espero ansiosamente por sua resposta.

Com amor,
Helena.

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