Sempre gostei de falar por enigmas, talvez a melhor forma de eu forçar meu lado escritor a se expressar e, assim, eu tirar algo que há em mim, seja um sentimento, uma sensação... Mas às vezes, como agora, as palavras me faltam e eu apelo pra um velho truquei meu que é buscar palavras em músicas. Você sabe disso melhor do que eu.
Sei que provavelmente você não verá a carta, talvez a chuva molhe aquela caixa de correio velha que eu já disse que você precisava trocar. Com sorte talvez ainda consiga ler, afinal estou escrevendo a lápis, agora que me dei conta disso. Sempre achei lápis mais orgânico que caneta.
Minha letra deve estar horrível, mas nesse momento em que o céu ficou cinza e a água do meu chimarrão acabou e terminei todos os meus trabalhos eu parei, suspirei e um sentimento me tomou, precisei falar, colocá-lo para fora, por isso a carta em que eu não conseguia me expressar e preferia me expressar em forma de música que, para variar, demorei mais do que imaginei e agora estou devaniando...
Por que quando as cartas são para você elas tem essa tendência de me tirar o rumo, me fazer olhar para a parede que um dia foi branca e hoje tem um tom amarelado? Vou terminar por aqui com a frase da música que tinha prometido várias linhas atrás:
"Sem mais eu fico onde estou, prefiro continuar distante..." (Skank - Resposta)

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1 comentários:
Porra, doeu.
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