Confusão

domingo, 5 de janeiro de 2014

Olá, como estas?

Talvez essa seja minha última carta
. Hoje o dia foi estranho, as nuvens não sairam do céu e a chuva caiu sem parar. Pensei em você vendo os pingos refletivos na janela imaginei o que estaria fazendo pensei em te ligar, mas estou sem créditos. Claro que eu podia ir até a padaria na esquina e fazer a recarga, mas... deixa assim por enquanto. Enquanto escrevo essas linhas bebi uma garrafa de vinho vagabundo afim de saber como estas. Não fiz minhas resoluções de ano novo por considerar isso um costume um tanto quanto idiota, vou fazer o quê tiver que fazer e pronto. O resto decido no caminho.

Pensar nisso me fez sorrir de canto.Sei que também não gostava muito dessas coisas de planos de ano novo né? Pois é, a única coisa que resolvi pra mim nesse ano é que vou sair e correr mais atrás do que eu realmente quero e pronto. Aposto que pensou o mesmo, viu como eu ainda te conheço o suficiente? E acho que sabe que eu não tenho bem um motivo pra lhe mandar uma carta, já falamos o que tinhamos que falar. Queria entender às vezes porque, quando o assunto é coração, as coisas parecem tão lentas (ou tão rápidas) pra passar. Bem dizem que o tempo é um santo remédio. Acho que essa resposta ninguem nunca vai saber não é? A verdade é que, todo o amor que eu tinha, tenho, merda, não sei, eu... ah, você sabe, acabou se acomodando aqui dentro. Tudo se tranquilizou. Aquelas ondas que vinham pararam, vez por outra vem uma onda de ficar olhando as nuvens. Mas são só lembranças. Vez por outra as estrelas lembram as velhas mensagens nossas. Aposto que faz o mesmo até hoje.

Cuide-se, se precisar, sabe onde me encontrar. Te amo, muito e tanto.

Eu.

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